domingo, 13 de abril de 2008

Coluna do TOSTÃO -Quem vai rir por último? (13-04-2008)

TOSTÃO

Quem vai rir por último?

Vencerão os clássicos os que fizerem mais gols e levarem menos, como dizem videntes e especialistas em auto-ajuda

LUXEMBURGO organiza quase todas suas equipes com uma linha de quatro mais atrás, outra de três no meio-campo e mais um meia na ligação com dois atacantes. No Palmeiras, assim como fez no ano passado no Santos, ele avançou um dos três armadores (Diego Souza) para formar uma dupla de meias ofensivos.
Não há nenhuma novidade nessas formações táticas.
Na Copa de 1970, o Brasil tinha também uma linha de três no meio-campo (Clodoaldo, Gerson e Rivellino) e três mais adiantados.
Rivellino avançava um pouco mais que Gerson. Havia, como hoje, apenas um volante mais marcador, Clodoaldo. No Palmeiras, é Pierre.
Se jogasse hoje, o meia-armador Rivellino, por ser mais agressivo, driblar e finalizar muito bem de fora da área, seria um meia ofensivo, como Valdivia.
Se jogasse hoje, Gerson, por ser um excepcional organizador, por marcar no próprio campo, de onde iniciava as jogadas ofensivas com ótimo passe, e por se posicionar muito bem defensivamente quando o time perdia a bola, seria um segundo volante. É o que Luxemburgo quer de Léo Lima. Não estou comparando qualidades, e sim posições e funções em campo.
Luxemburgo sabe que um bom ataque começa com um passe rápido e certeiro da sua intermediária, se possível para frente.
Por isso, escala um meia para atuar de volante. Esse volante não precisa ter a mesma habilidade que um meia. Léo Lima tem muito mais condições de ser um bom volante do que um bom meia.
O São Paulo, com tantos problemas, ainda tem que marcar o rápido e habilidoso ataque do Palmeiras.
Os dois alas do São Paulo, no esquema com três zagueiros, ou um meia de cada lado, no esquema com dois, terão que marcar também os avanços dos bons laterais do Palmeiras. Mas, se ficar só defendendo e não atacar, o São Paulo corre ainda mais riscos de perder. O que fazer?
Muricy não deve ter dormido.
Já Luxemburgo está rindo à toa com a tranqüilidade e a qualidade de seu time, como mostrou um jornal ao publicar uma foto do técnico todo feliz. No final do segundo jogo, quem vai rir por último?

Fantasma da derrota
A bela vitória do Flamengo em Cusco serviu para o time cortar o cordão umbilical com sua apaixonada torcida. O time é agora mais forte, mais maduro e com mais chances de vencer a Libertadores, além do Estadual do Rio.
Individualmente, é nítida a superioridade do Flamengo.
O Botafogo terá que marcar bem o ótimo avanço dos alas do adversário. Juan está cada dia melhor. Mas o grande problema do Botafogo não é individual nem tático, já que a equipe possui um ótimo conjunto.
É psicológico. O fantasma de morrer na praia assusta o time.

Preconceitos
Existem muitos preconceitos no futebol. Um deles é contra comentaristas e treinadores que foram atletas, que não teriam preparo científico e acadêmico para exercer bem seus cargos. Outro, ao contrário, é contra os que não foram atletas profissionais, que não teriam experiência nos gramados para ser bons comentaristas e treinadores.


http://6858kmdefutebol.blogspot.com/

Nenhum comentário: