segunda-feira, 31 de maio de 2010

A matemática do pênalti


A matemática do pênalti

Diz o chavão que a cobrança de cinco tiros é loteria – não é, demonstram os cientistas
Shaun Botterill/Getty Images
Roberto Baggio, 1994 Até mesmo um craque como o meia italiano pode errar, como aconteceu na final da Copa dos Estados Unidos – mas quase sempre é o goleiro que leva a pior
Até 1970, as partidas de futebol empatadas nos noventa minutos regulamentares e nos trinta da prorrogação eram decididas na sor-te, com uma moeda jogada para o alto. Foi o alemão Karl Wald, hoje com 94 anos, quem propôs a decisão por pênaltis. Apenas em 1982 ela começou a ser usada em Copas do Mundo. Desde então, vinte jogos foram resolvidos com tiros diretos – entre eles, duas finais, a de 1994 (Brasil 3 x 2 Itália, com o célebre chute de Roberto Baggio que quase saiu fora do Rose Bowl, em Los Angeles) e a de 2006 (Itália 5 x 3 França, sem Zinedine Zidane, expulso depois da cabeçada em Materazzi, em Berlim). O Brasil – além da vitória nos Estados Unidos – disputou dois outros jogos eliminatórios pelo tiro da marca de 11 metros: as quartas de final de 1986, contra a França (perdeu), e a semifinal de 1998, contra a Holanda (ganhou).

A frequência e a dramaticidade das decisões por pênaltis as transformaram em objeto de estudo de cientistas, numa tentativa de descobrir quais são as chances de acerto e de erro. Pesquisadores da Universidade Ben-Gurion, de Israel, analisaram 286 tiros diretos dos principais torneios de futebol do mundo – em 80% das vezes, a bola foi à rede. Em 93% dos chutes, os goleiros escolheram saltar para a direita ou para a esquerda. O estudo demonstra, contudo, que a postura ideal do camisa 1 é manter-se no meio, parado (veja o quadro abaixo).
 Poucos fazem isso. Trabalham com a intuição, por serem obrigados a reagir muito rapidamente. "Mesmo assim, não contamos apenas com a sorte", disse a VEJA o goleiro do Brasil, Júlio César. "É preciso conhecer os batedores, e sempre observar com muita atenção a corrida para a bola."

Some-se, portanto, o treinamento com velocidade e sorte e tem-se uma possibilidade real de defesa. Outro estudo, este da Universidade John Moores, de Liverpool, na Inglaterra, demonstra que a leitura do movimento de corpo dos batedores ajuda os goleiros na defesa de cobranças. A conclusão: se os quadris de quem bate estiverem bem de frente para o goleiro, um atacante destro (a maioria) tenderá a chutar em direção ao lado direito do goleiro; se os quadris estiverem um pouco abertos, de lado, o chute tenderá a ser do lado esquerdo. No papel, é fascinante. No gramado, menos. "E se o batedor mudar tudo intencionalmente?", indaga Júlio César. Eis a graça do futebol, sobretudo agora que os cartolas proibiram a paradinha, recurso que deixava os goleiros ainda menores debaixo da armação de 2,44 metros de altura por 7,32 de comprimento.







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fotos de adriano com armas de traficantes

Fotos de Adriano com armas de traficantes
Craque em fotos polêmicas
Na semana passada, fotografias que já circulavam pela cidade pararam nas mãos da Polícia Civil. Na mais impactante delas, Adriano — bem mais magro do que atualmente, indicando que a imagem já foi feita há algum tempo — aparece em posição de atirador. Procurada por O DIA, a assessoria de imprensa do craque informou que a arma na realidade é uma réplica usada para jogos de paintball.
Foto: Reprodução
A fotografia foi tirada na cozinha da casa do jogador, na cidade de Como, vizinha a Milão, na Itália, quando ele atuava na Internazionade. Quem aparece ao lado de Adriano seria outro jogador, também nascido e criado nas favelas da Penha. Assim como Adriano, ele faz pose de atirador. De acordo com a assessoria do atacante, a peça seria parte de um abajur que enfeitava a sala do craque.
Sigla de facção com as mãos
Em uma outra imagem, Adriano aparece rindo ao mostrar com as mãos a sigla ‘C V’, a mesma facção criminosa Comando Vermelho. Segundo a assessoria do jogador, o gesto foi uma brincadeira entre amigos. 

O DIA teve acesso às fotografias há dois meses, mas decidiu só publicá-las após tomar conhecimento do novo inquérito e manifestação da cúpula da polícia. Ontem, o chefe do Departamento de Polícia da Capital, delegado Ronaldo Oliveira, afirmou que as fotos serão investigadas. “Isso vindo à tona, imediatamente vou mandar instaurar inquérito policial. Todos os fatos vão ser apurados, principalmente sua relação com traficantes”, disse.
Para Adriano, a sigla CV com as mãos não passa de uma brincadeira | Foto: Reprodução
Grupo derrubou helicóptero da PM
Na madrugada do dia 17 de outubro, traficantes do Comando Vermelho (CV) se reuniram nos complexos do Alemão, da Penha e no Jacarezinho e formaram um ‘bonde’ até o Morro São João, no Engenho Novo. Dali, eles deram início da uma das mais sangrentas batalhas pelo controle de bocas de fumo dos últimos anos.
A invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, fez com que a Polícia Militar tentasse intervir para acabar com o confronto. Já de manhã, quando um helicóptero da PM sobrevoava as comunidades, foi alvejado e começou a pegar fogo. O piloto ainda conseguiu levar a aeronave até a Vila Olímpica do Sampaio, onde se espatifou. Três policiais morreram.
No fim de abril, a 25ª DP (Engenho Novo) concluiu suas investigações sobre o episódio e pediu a prisão preventiva de pelo menos 14 bandidos que teriam participado do ataque. Entre eles FB, Mica, Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, e outros líderes do CV.


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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ranking da Fifa de maio

Ranking da Fifa de maio


1. Brasil - 1.611 pontos
2. Espanha - 1.565
3. Portugal - 1.249
4. Holanda - 1.231
5. Itália - 1.184
6. Alemanha - 1.082
7. Argentina - 1.076
8. Inglaterra - 1.068
9. França - 1.044
10. Croácia - 1.041
13. Grécia - 964
14. Estados Unidos - 957
15. Sérvia - 947
16. Uruguai - 899
17. México - 895
18. Chile - 888
19. Camarões - 887
20. Austrália - 886
21. Nigéria - 883
24. Suíça - 866
25. Eslovênia - 860
27. Costa do Marfim - 856
30. Argélia - 821
31. Paraguai - 820
32. Gana - 800
34. Eslováquia - 777
36. Dinamarca - 767
38. Honduras - 734
45. Japão - 682
47. Coreia do Sul - 632
78. Nova Zelândia - 410
83. África do Sul - 392
105. Coreia do Norte - 285



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Pacheco o torcedor da Gillette - Copa do Mundo da espanha 1982

Na próxima sexta-feira começa mais uma Copa do Mundo e o país praticamente pára nos dias de jogos da seleção brasileira. Durante um mês o assunto não é outro senão futebol.
No universo do turfe, claro, também existem torcedores e, nesta época, as paixões pessoais dão lugar ao amor pela seleção, que nos deixou mal-acostumados por ter arrebatado o caneco cinco vezes.

De quatro em quatro anos a emoção bate forte nos corações brasileiros. Até mesmo quem não liga muito para o futebol vira torcedor fervoroso e não há como escapar do tema. Na Copa de 82, quando nossa seleção exibiu um futebol-arte que encantou o mundo e, ao mesmo tempo, transformou-se numa grande tristeza, pela abominável “Tragédia do Sarriá”, surgiu um torcedor especial.

Foi criado por uma empresa ligada ao ramo das lâminas de barbear e entrou para a história como uma das mais bem boladas ações de marketing do futebol brasileiro. Pena que o Brasil não foi campeão e os “gozadores de plantão” quase o crucificaram. No RAIA LEVE, vamos conhecer a história do Pacheco.

A jogada de marketing que nasceu quase dois anos antes da Copa do Mundo
Ao final do ano de 1980, a Gillette do Brasil contava com os serviços da agência de publicidade Alcântara Machado e, sempre de olho no consumidor, surgiu a idéia da criação de um personagem, bem brasileiro, que representasse uma unanimidade. E nada mais popular que o futebol. Nasceu, então, o Pacheco, camisa 12, torcedor símbolo da seleção brasileira. A partir da idéia prontamente aprovada, criou-se o boneco para a campanha publicitária. Uma marchinha de carnaval foi composta e a propaganda institucional passou a ser divulgada pelas rádios e pela televisão, nesta em forma de desenho animado.

O sucesso superou a expectativa
O Pacheco acabou se tornando celebridade, as vendas do produto aumentaram e os diretores da empresa decidiram levar o projeto ainda mais adiante. O torcedor símbolo da seleção tinha que deixar de ser apenas um boneco para se tornar de carne e osso. Principalmente, pelo fato de que a Copa do Mundo de 82 estava tão próxima. Mas, e agora, como escolher aquele que melhor representaria o Pacheco?

A resposta veio rápida, dentro da própria empresa
No Departamento de Marketing da Gillette do Brasil havia um funcionário, ligado à área de vendas, que despertou a atenção dos diretores. Além de ser da casa, era cronista de turfe e considerado um “boa praça” por todos os colegas. Num determinado dia, em janeiro de 82, chamaram-no à diretoria. Muito desconfiado, começou a pensar se fizera alguma coisa de errado. Ao entrar na sala, deparou-se com vários diretores e sua chefe direta e, naquele instante, todos começaram a rir de forma incontida. Pronto, uma coleção de pulgas apareceu atrás da sua orelha. Imaginou que algo havia acontecido e chegou a conferir se não estava com a roupa rasgada ou coisa do gênero.

A surpresa foi ainda maior
Diante daquele festival de risadas, o funcionário não se conteve e perguntou o que estava acontecendo. Ouviu do diretor geral da empresa: “Natan Pacanowski, você será o Pacheco e vai para a Espanha”. O susto foi grande; ele não acreditou. Depois de informado que fora escolhido para representar a firma como o torcedor símbolo do Brasil na Copa de 82, Natan quase desmaiou. Após conversar com a família e acertar os detalhes, partiu para a criação do personagem.

Tudo aconteceu muito rápido
A Gillete do Brasil fez um contrato com a CBF, ficando acertado que o Pacheco participaria de toda a preparação da seleção e, inclusive, viajaria junto com a delegação. Um estilista, responsável pelos figurinos do Sítio do Pica-Pau Amarelo, da Rede Globo, foi o criador da fantasia e da máscara do Pacheco, que passou a aparecer em público, incógnito e chegou a animar bailes de carnaval daquele ano. Pacheco, conhecido nas propagandas através de um boneco, havia tomado forma humana e fazia um sucesso inigualável na mídia.

A despedida e um show, em Uberlândia
O jogo de despedida da seleção aconteceu em Uberlândia, contra a Irlanda, e foi a primeira aparição do personagem junto ao time brasileiro. Chovia muito, o estádio estava cheio, inclusive, com a presença do presidente João Figueiredo. Antes do jogo, caracterizado, Natan entrou no campo e deu uma corrida. Com o gramado molhado, escorregou e caiu de pernas para o ar. Nas arquibancadas o povo delirava, aplaudia e alguns, mais gozadores, gritavam: “Olha o palhaço do Pacheco, caiu de maduro”...

O cumprimento do presidente foi marcante
Na volta ao Rio, ainda no aeroporto, Natan, caracterizado de Pacheco, recebeu os cumprimentos do presidente, que desejou boa sorte a ele na Espanha. Pediu-lhe que agitasse muito a torcida brasileira e representasse o país nas partidas. O homem da “Boa do Poeta” conta que tremeu nas bases e que aquele foi um momento emocionante.

Na viagem para a Espanha, mordomias e uma “volta” de Serginho Chulapa
Dentro do contrato da Gillette com a CBF constavam algumas mordomias para o Pacheco, como, por exemplo, uma área separada no avião para que ele se trocasse (ainda estava incógnito) e atendimento VIP. Natan afirma que aquilo tudo era um sonho. Narra passagens engraçadas no vôo Rio-Lisboa, de dez horas, uma delas envolvendo o jogador Serginho Chulapa, hoje assistente técnico de Luxemburgo, no Santos. Serginho sentou-se ao seu lado e viu que Natan fumava um cigarro Hollywood. O atacante, fissurado, argumentou que Telê proibira os jogadores de fumar e ele já estava que não se agüentava. Ao saber que Pacheco levava três pacotes de Hollywood, na bagagem, propôs uma troca:

- Pacheco, você me dá uns cinco maços e eu lhe dou a camisa de nosso primeiro jogo. Natan aceitou prontamente e até hoje espera pela camisa de Serginho.


Serginho também aprontou com Faustão e quase sai briga
O espírito irreverente de Chulapa quase causou problemas durante a viagem. Fausto Silva, o Faustão, era repórter da Rádio Globo de São Paulo e, a toda hora, Serginho o chamava de “Norminha”, personagem criado por Jô Soares em seu programa humorístico. Por pouco não chegaram às vias de fato.

Em Lisboa, as primeiras estripulias do Camisa 12
Logo no desembarque, Pacheco agitou bastante e uma banda de música, contratada pela empresa, o esperava. Foi um tremendo rebuliço no aeroporto, mas deu certo, pois parte da imprensa brasileira, e também da internacional, o procurou para entrevistas. Logo no primeiro treino, em Lisboa, Natan voltou a aprontar. Invadiu o campo e chutou a bola, sendo perseguido por jogadores e membros da comissão técnica. Na realidade, Pacheco estava se tornando uma celebridade. Segundo Natan, Medrado Dias, diretor da CBF, que o conhecia, pediu que maneirasse um pouco.

Finalmente, na Espanha, as primeiras partidas, as vitórias e o reconhecimento
Na primeira fase da Copa, na Espanha, mais precisamente em Sevilha, Pacheco, camisa 12, se misturou à torcida e a festa foi grande. Já tendo a identidade revelada, Natan foi entrevistado por inúmeras emissoras de televisão espanholas e até para a BBC de Londres. Explicou o projeto da empresa e o lançamento do torcedor símbolo. Segundo ele, aqueles momentos marcaram sua vida para sempre.
arquivo pessoal/NP
Natan, famoso, com Roberto Dinamite
Após a vitória contra a Argentina veio o clima do “já ganhou”
Depois da vitória contra a Argentina, exibindo um futebol que encantou a todos, um clima de “já ganhou” invadiu o espírito dos brasileiros. Pacheco ficava ainda mais famoso. A atmosfera era de tetracampeão do mundo e ninguém acreditava em derrota. Natan, entusiasmado, conversava abertamente com craques como Zico, Roberto Dinamite (que substituiu Careca, cortado por contusão), além de membros da equipe técnica e até com o presidente da CBF, Giulite Coutinho.

Foi quando então veio a “Tragédia do Sarriá”
E então veio a partida trágica contra a Itália, quando Paolo Rossi simplesmente acabou com os sonhos de milhões de brasileiros, dos torcedores que viajaram à Espanha e do nosso Pacheco – Camisa 12. O Brasil, que jogou o futebol mais bonito daquela Copa, estava eliminado. O sonho, mais uma vez, havia terminado.

O triste retorno e o consolo das malas cheias
A missão de Natan estava encerrada e, por decisão dele, não quis voltar com a delegação. Permaneceu alguns dias com a mulher, na Espanha, comprando presentes para a família e amigos. Voltou ao Brasil com mais de dez malas. Ele diz que a experiência foi fantástica e só faltou mesmo trazer o título de campeão.

Na volta ao Brasil, duro foi agüentar a sacanagem do Pasquim
De grande circulação na época, que contava com um time fantástico de articulistas, a maioria especializada em humor e reforçado pelo trabalho maravilhoso do cartunista Henfil, o tablóide O Pasquim era leitura obrigatória e sabia como lidar com a ditadura e com os assuntos de interesse do país. Quando chegou ao Brasil, Natan deparou-se com uma enorme charge, na primeira página do Pasquim. Ela exibia o Pacheco, com a camisa 24 e o título: “Este veado secou o Brasil”.

Daí em diante, o Pacheco sumiu de circulação e nunca mais reapareceu!


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segunda-feira, 24 de maio de 2010

COLUNA DO TOSTAO- Quem sabe e quem não sabe

COLUNA DO TOSTAO- Quem sabe e quem não sabe


O Brasil está dividido em dois compartimentos, que pouco se misturam. Um formado por sete jogadores (quatro defensores e três meio-campos) e outro com Kaká, Robinho e Luís Fabiano

22 Mai 2010 - 20h33min

Dunga já definiu, há muito tempo, uma única estratégia e praticamente o time titular. Isso é perigoso. Ainda mais em uma Seleção Brasileira com tantas possibilidades. 

As seleções comuns, mesmo quando vencem, ficam geralmente prontas com antecedência. As grandes seleções, mesmo quando não vencem, são definidas durante ou próximo da Copa. Por causa dos excelentes resultados, Dunga acha que só há um jeito de vencer. 

A estratégia será a mesma de quase todas as seleções: iniciar a marcação no meio-campo, diminuir os espaços na defesa e contra-atacar. A Espanha é a única que privilegia a posse de bola, a troca de passes no meio-campo e o domínio da partida. 

O Brasil está dividido em dois compartimentos, que pouco se misturam. Um formado por sete jogadores (quatro defensores e três do meio-campo), e outro com Kaká, Robinho e Luís Fabiano. Se der tempo, Elano e os dois laterais, principalmente Maicon, chegam ao ataque. 

Não dá para dizer em números qual é o esquema tático do Brasil e de outras seleções. Os números servem apenas de referência. Os jogadores correm e trocam muito de posições. Só dá para explicar quando os jogadores estão perfilados, antes da bola rolar. 

O Brasil não é forte candidato ao título porque tem uma estratégia eficiente, e os jogadores serão raçudos e não irão para as baladas. É principalmente porque tem excepcionais jogadores na maioria das posições. Falta melhor qualidade no meio-campo, na lateral-esquerda, e melhores reservas para Kaká, Robinho e Júlio César. Todas as outras seleções possuem deficiências. 

Se o Brasil ganhar ou perder, o motivo principal não será Dunga. A Inter não eliminou o Barcelona na Liga dos Campeões da Europa porque José Mourinho fez uma revolucionária retranca, tão elogiada, e sim porque tinha ótimos defensores. Já vi um milhão de vezes times jogarem da mesma forma, com nove jogadores na entrada da área. 

O Santos não possui um excepcional ataque porque tem uma postura ofensiva, e sim porque possui os três melhores jogadores que atuam hoje no Brasil (Robinho, Ganso e Neymar). Os técnicos são importantes, mas nem tanto. 

A principal discussão não deveria ser entre futebol de resultados e futebol arte, futebol ofensivo e defensivo, e sim sobre os jogadores que sabem, os que não sabem e os que sabem mais ou menos jogar futebol. 


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Mourinho treinador do real madrid




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terça-feira, 18 de maio de 2010

Deco é o novo reforço do Fluminense, diz colunista


O que já vinha se desenhando poderá virar realidade em breve. Segundo o colunista Renato Maurício Prado, do jornal O Globo, o Fluminense acertou a contratação do meia Deco, que defenderá a seleção portuguesa no Mundial da África do Sul. Apresentação deverá acontecer após a Copa.
A tendência é de que o Fluminense se pronuncie oficialmente nesta terça-feira, assim como o jogador, que estará em Indaiatuba, em São Paulo, para a solenidade do segundo aniversario do Instituto Deco20.
Na semana passada, o assessor da presidência do Fluminense, Marcelo Penha, esteve em Londres para acertar os últimos detalhes da contratação de Deco pelo clube das Laranjeiras.
“Em relação ao Deco, iniciamos uma, mas ainda não temos qualquer novidade. Porém, a torcida pode ficar tranquila, pois vamos brigar por esse título. Estamos observando jogadores e negociando. Mas não cabe falar muito agora, porque pode atrapalhar”, disse o vice de futebol do Fluminense, Alcides Antunes, no dia 10 de maio.
Anderson Luis de Souza, mais conhecido como Deco, começou sua carreira no Nacional-SP e teve uma passagem pelo Corinthians. Negociado para o exterior, o jogador defendeu, em Portugal, o Alverca, Salgueiros e Porto. Atuou pelo Barcelona-ESP e, finalmente, o Chelsea-ING.

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

entrevista Lucio, capitao da seleçao brasileira

http://copadomundo.uol.com.br/2010/series-especiais/os-bons-mocos/lucio.jhtm

Lúcio
Vinícius Mesquita
Em Milão (ITA)
Pode parecer só teatro para alguns, mas lá dentro do campo quem tem mais autoridade é realmente Lúcio, capitão do Brasil nomeado pelo próprio Dunga, o homem mais poderoso da equipe nacional. "Não tem como não admitir. Pelo que vem acontecendo atualmente, posso dizer que eu sou um dos jogadores mais importantes da seleção brasileira", diz o zagueiro.

A falta de modéstia do zagueiro tem explicação. Lúcio é praticamente uma extensão de Dunga. O jogador reflete dentro de campo as ideias proclamadas pelo treinador com absoluta nitidez. A dedicação física, o comprometimento com a coletividade, a visão pragmática sobre o futebol moderno e a vida reta são atributos valorizados pelo técnico e seguidos fielmente pelo zagueiro-discípulo.
"Desde 1994, quando a seleção ganhou a Copa, digo que o Dunga é um exemplo para mim. E hoje a relação que tenho com ele é muito boa. Temos o mesmo sentimento pela seleção brasileira. Valorizamos o profissionalismo, o companheirismo...nós nem precisamos falar muito para nos entender."
Lúcio é o núcleo do bom-mocismo deflagrado em 2006, quando Dunga assumiu o comando da seleção brasileira após a derrocada da extravagante geração do treinador Carlos Alberto Parreira. Terminava ali a era do individualismo burlesco, do sorriso fácil e do comportamento insolente. Aprima-dona saía de cena para ser substituída pelo reprimido atleta quartelista, defensor de uma disciplina quase militar.
"Naquela época (Copa de 2006), envolvidos pela situação, não tínhamos como enxergar o oba-oba. Nosso objetivo era ganhar a Copa, mas não tivemos tranqüilidade para isso. Os treinos, por exemplo, pareciam um show. Acho que aprendemos muito com aqueles erros", explica.
Para a Copa de 2010, o capitão adotou até o discurso sisudo da atual filosofia implantada por Dunga. "O futebol dos dias de hoje tem pouco espaço para o espetáculo. O esporte está veloz, disputado, próximo da perfeição tática. Dribles são importantes, mas servem apenas para dar um toque diferenciado a uma equipe."
Mas quem observa o carrancudo Lúcio, um homem que beira 1,90 metro de altura e tem mais de 80 quilos, não imagina que por trás desta silhueta pesada existe uma pessoa serena e doce. Entrevistá-lo é como ter uma prosa com o avô no banco da praça. Para cada pergunta, Lúcio tem uma resposta pausada, reflexiva, intercalada por um sorriso e um olhar distante.
"Tem momentos que sinto falta da amizade do Brasil. Sinto saudades da minha mãe, dos irmãos, dos amigos. No geral, é isso que me faz falta. Quando cheguei à Europa (em 2001, para defender o Bayer Leverkusen), sofri. Tinha horas que eu só pensava em ir embora, voltar para casa. Era uma tortura! Sonhava com as férias para ter como retornar ao Brasil. Hoje, estou acostumado, gosto da minha vida aqui."

O zagueiro em poucas palavras


  • Quando você está na rua, todos te reconhecem, pedem autógrafos, fotos, agradecem. Prefiro ficar em casa

  • Meu iPod tem algumas músicas modernas, eletrônicas, e muita música evangélica

  • Sempre procurei jogar na bola. Se não faço falta, nosso time não precisa se preocupar com a bola parada do adversário

  • O Brasil é o país que mais ganhou títulos, mais participou de Copas. Sendo assim, somos favoritos sempre

  • Não basta jogar bem em um clube para ser convocado. É preciso ter uma função para desempenhar na seleção

  • É cedo para pensar em aposentadoria, mas queria encerrar minha carreira no Brasil. Talvez no Inter-RS, que foi o clube que me revelou
Nascido em Brasília, Lúcio iniciou sua carreira no Planaltina-DF, em 1995, mas foi transferido ao Internacional-RS em 1998. Em pouco tempo, ganhou projeção, virou ídolo e zagueiro referencial. Em 2001, foi para a Alemanha, onde viveu até 2009 e defendeu dois clubes: Bayer Leverkusen (até 2004) e Bayern de Munique. No ano passado, após ter sido surpreendido com a dispensa do Bayern, acertou com a Inter de Milão.
"Quando penso no clima, posso dizer que a Itália é um sonho perto da Alemanha. Lá fazia um frio terrível. Lembro que quando cheguei em Leverkusen e vi o dia ensolarado pela janela, achei que poderia sair na rua só com uma camiseta. Eu fiz isso. Quando deixei o apartamento, não pude suportar! Voltei correndo para colocar mais roupas."
Em Milão, Lúcio aparenta estar mais à vontade. Abdicou dos intérpretes que mantinha em Berlim e se esforça para compreender a língua italiana. Mora próximo do estádio San Siro, em uma região arborizada, e frequentemente acompanha seus filhos, Vitória (12 anos), João Vitor (8) e Valentina (3), até um parque ao lado de sua residência para vê-los andar de bicicleta. Evita as baladas e, quando sai com a mulher Dione, procura relaxar em um spa com piscinas climatizadas ou jantar, preferencialmente no restaurante nipo-brasileiro Finger's.
"Gosto também de ficar em casa vendo filmes. Tenho uma ampla coleção de DVDs. Quando vejo os filmes esqueço um pouco do dia-a-dia das concentrações, do futebol, da rotina dos treinos."
Sua casa é um "pedacinho" do Brasil. Lúcio descobriu um mercado que fornece alimentos brasileiros e passou a ser um freguês voraz. Compra arroz, feijão, guaraná e Baton.
"Baton?!", eu pergunto.
E Lúcio responde: "sim, Baton, aquele chocolate da marca Garoto. Tem um monte de produto brasileiro lá que eu adoro e minha família também. Gosto de sentir que estou mais próximo do Brasil quando fico em casa"
A dedicação à religião evangélica baseia-se atualmente em periódicas conversas com seu pastor e leituras constantes da Bíblia. Os cultos, tradicionalmente realizados aos sábados e domingos, não podem fazer parte do calendário de um jogador de futebol, sempre em campo aos finais de semana.
"As pessoas dão muita ênfase à minha religião. Não vejo um problema em ser evangélico, católico, judeu ou muçulmano. Sou uma pessoa como outra qualquer, que se diverte, passeia e sai com a família. A questão é que Deus faz uma diferença muito grande na minha vida. É algo muito particular e garanto que isso não atrapalha minha carreira como jogador de futebol."
E quem teria coragem de dizer que atrapalha? Lúcio fez parte do grupo campeão da Copa do Mundo de 2002, marcou o gol que garantiu a vitória na final da Copa das Confederações de 2009 contra os Estados Unidos, levou três títulos do Campeonato Alemão pelo Bayern, além das recentes conquistas da Copa da Itália e o do Campeonato Italiano com a Inter de Milão.
"Estou preocupado em fazer o melhor e passar uma boa imagem. Acho importante jogar limpo, não ser desleal em campo. Tento passar essa mensagem não só para meus companheiros de equipe como também para meus adversários.


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Fifa divulga frases dos ônibus das seleções na Copa

Fifa divulga frases dos ônibus das seleções na Copa








África do Sul: Uma nação, orgulhosamente unida sob um arco-íris
Alemanha: Na estrada para ganhar a Copa!
Argélia: Estrela e a lua crescente com um objetivo: Vitória!
Argentina: Última parada: a glória
Austrália: Ouse Sonhar, Avance Austrália
Brasil: Lotado! O Brasil inteiro está aqui dentro!

Camarões: Os Leões Indomáveis estão de volta
Chile: Vermelho é o sangue do meu coração, Chile campeão
Coreia do Norte: 1966 de novo! Vitória para a Coreia do Norte!
Coreia do Sul: Os Gritos dos Vermelhos, República da Coreia Unida
Costa do Marfim: Elefantes, vamos lutar pela vitória!
Dinamarca: Tudo o que você precisa é uma seleção dinamarquesa e um sonho
Eslováquia: Façam tremer o gramado verde! Vamos Eslováquia!
Eslovênia: Com 11 corações valentes até o fim
Espanha: Esperança é meu caminho, vitória é meu destino
Estados Unidos Vida, Liberdade e a busca pela Vitória!
França: Todos juntos por um novo sonho em azul
Gana: A esperança da África
Grécia: A Grécia está em todos os lugares!
Holanda: Não tema os cinco grandes, tema os 11 laranjas
Honduras: Um país, uma paixão, 5 estrelas no coração!
Inglaterra: Jogando com orgulho e glória
Itália: O nosso azul no céu africano!
Japão: O espírito Samurai nunca morre! Vitória para o Japão!
México: É hora de um novo campeão!
Nigéria: Super Águias e supertorcedores, estamos unidos
Nova Zelândia: Chutando ao estilo Kiwi
Paraguai: O leão Guarani ruge na África do Sul
Portugal: Um sonho, uma ambição... Portugal campeão!
Sérvia: Joguem com o coração, liderem com um sorriso!
Suíça: Vamos, Suíça!
Uruguai: O sol brilha sobre nós! Vamos, Uruguai!



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