terça-feira, 3 de junho de 2008

São JEANuário, seleção e polícia para quem precisa

Amistosos preparatórios para a Euro a tarde: a França foi mais uma vez vítima do paredón paraguaio, que mantém sua eficiência mesmo sem Gamarra. Ficou no 0x0 e manteve em alta as estastísticas deles, que só levaram 4 gols nas eliminatórias. O Peru tentou crescer para cima da Espanha mas foi contido, levou 2x0 e diminuiu no final. Não vi nada demais nesses dois times para a Euro. Portugal e Alemanha, como sempre, são meus favoritos hoje.

O Vasco começou perdendo de novo no sábado... levou um gol de cabeça de um atacante do Grêmio numa jogada de Roger. O detalhe é que ele estava sozinho na marca do pênalti no meio de 5 vascaínos e nao precisou pular mais que um jornal deitado para empurrar a bola para as redes vascaínas. Lamentável a fragilidade ofensiva vascaína. Ainda mais sem o Edmundo. Ficou muito fácil de marcar...

Pelo menos, o Antônio Lopes tem demonstrado alguma coragem para mexer. O Morais mais uma vez um primeiro-tempo burocrático. 90% das vezes em que ele tem pegado na bola, ele tenta a jogada mais manjada do mundo: passar pro Wagner Diniz. Com o Morais em campo, o adversário pode tranquilamente esquecer o lado esquerdo do ataque vascaíno. Ele saiu e deu lugar ao Jean no 2o. tempo, que se mostrou presente, organizando o jogo, balanceando o time vascaíno, metendo bolas dos dois lados do campo e desisolando o Leandro Amaral, que é sempre um perigo - desde que a bola chegue nele.

Enfim, numa triangulação com o Wagner Diniz pela direita, empatamos e depois numa tabelinha pelo meio viramos. São Jeanuário tem entrado, feito gols e mudado as partidas. Merece a vaga de titular. E o Morais merece esquentar o banco por uns dias pra ver se melhora.

Mais tarde no sábado, veio o jogo do Brasil. Enfim, vencemos o Canadá. Mas não fácil. Parecia fácil quando o Brasil chegou ao primeiro com um drible elástico devastador do Robinh, seguido de assistência para o Luís Fabiano. Mas não foi fácil: graças em parte ao Júlio César que deu uma saída gol digna do caçador de borboletas Dida no primeiro gol canadense. Fizemos 2x1 com um eficiente Diego (boas atuações nos últimos 3 jogos pela seleção). Mas, como diz o Galvão, deixamos o Canadá crescer e gostar do jogo. Levamos um golaço e só nos salvamos com o Robinho que recebeu um presentaço do zagueiro canadense, dribou o goleiro, e só não entrou com bola e tudo porque teve humildade. E manteve sua cotação altíssima com o mestre, oops, com o Dunga.

No domingo, morníssimo 0x0 entre São Paulo e Santos, Coritiba roubadíssimo em casa (2 pênaltis não marcados) empatou em 1x1 com o líder Cruzeiro, Flamengo titular penando para bater por 1x0 os reservas de Renato Gaúcho (o pênalti foi...infelizmente... o Flu é o lanterna - a prioridade total é a Libertadores), o Vitória fazendo caridade para o ex-lanterna Ipatinga (primeira vitória dos mineiros na Série A). O Palmeiras venceu o Atlético-Pr por 1x0. O rubro-negro paranaense foi mais um a ter pênalti não marcado a seu favor. Com essas arbitragens, não dá.

No jogo mais confuso da rodada, Náutico 3x0 Botafogo. Confuso graças a uma absurda expulsão do André do Botafogo, em lance que nem falta foi. Mais confuso ainda porque na saída dele, o vestiário estava fechado e ele respondeu aos xingamentos da torcida adversária com duas bananas. A confusão se transformou em tempestade quando a polícia o prendeu, os jogadores do Botafogo o soltaram, a polícia o prendeu novamente e o levou embora pelo meio da torcida do Náutico - com brutalidade excessiva e pondo em risco a integridade física do atleta. Bebeto de Freitas foi preso e se recusou a entrar em acordo. Volta em 15 dias para responder a processo. O jogador, não; fez acordo e trocou o inquérito pelo pagamento de cestas básicas. Lembramos que no ano passado o Lori Sandri num jogo válido pela 2a. divisão também foi preso e vítima da truculência da mesma PM de Pernambuco. Não apóiamos - pelo contrário - condenamos o gesto do atleta botafoguense contra a torcida. Mas a polícia tem que lidar com estas situações com mais eficiência e menos truculência.

Inveja do futebol europeu é pouco.

6858km de futebol
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