quarta-feira, 11 de maio de 2011

Fifa doa R$ 46 milhões à Interpol para combater fraude

Fifa doa R$ 46 milhões à Interpol para combater fraude

DE SÃO PAULO
A Fifa se rendeu: admitiu que a armação de resultados de jogos por apostas é "uma grande ameaça" ao futebol. Por isso, doou 20 milhões de euros (R$ 46 milhões) à Interpol para combater o problema.
É o segundo passo da entidade nesta questão. Antes, implantara sistema para identificar níveis altos de apostas em sites europeus, o que indica jogos fraudados.
Arnd Wiegmann/Reuters
Descrição: O presidente da Fifa, Joseph Blatter (dir.) fala com o secretário-geral da Interpol Ronald Noble
O presidente da Fifa, Joseph Blatter (dir.) fala com o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble
Mas a medida era ineficiente porque as armações são articuladas por grandes grupos criminosos da Ásia, segundo especialistas. Esses movimentavam dinheiro apenas naquele continente.
Investigações da Interpol (polícia internacional) mostram que eles pagam jogadores, árbitros e dirigentes de vários continentes para obter determinado resultado com o qual vão ganhar dinheiro.
O negócio atingiu tal dimensão que a Interpol afirma que criminosos migraram do tráfico de drogas para os esquemas de apostas.
"Há grande lucro, com um risco pequeno de ser pego. E com as apostas on-line há oportunidade de fazer grandes somas", contou o diretor da Interpol, Ronald K. Noble.
Segundo a polícia internacional, as armações ocorrem em divisões inferiores de países europeus e campeonatos asiáticos. Mas já houve suspeitas até sobre jogos das Copas de Mundo de 2006 (Gana) e 2010 (Nigéria).
"A ameaça de armação é grande. E estamos comprometidos em fazer tudo que estiver nas nossas forças para derrubá-la", disse Joseph Blatter, presidenta da Fifa.
Com o dinheiro da doação feita pela entidade será implantado um escritório da Interpol em Cingapura, na Ásia, país apontado como menos corrupto da região.
Foi ali, e também em China, Malásia e Tailândia, que a polícia fez sua maior operação. Em 2010, prendeu 5.000 pessoas, fechou 8.000 pontos de jogos e verificou um volume de US$ 150 milhões (R$ 243 milhões) no negócio.
Autor de um livro sobre armação de jogos, o jornalista Declan Hill apontou a falta de informações sobre a Ásia e seus "bookmakers" como a principal dificuldade na luta contra as fraudes.
A intenção da Fifa é também empregar o dinheiro em outras partes do mundo com treinamento para dirigentes sobre armações e acompanhamento de competições


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