segunda-feira, 5 de julho de 2010

Coluna do Tostão - Brasil eliminado

Coluna do Tostão

Brasil eliminado


    O Brasil fez o melhor primeiro tempo e o pior segundo tempo da Copa. No primeiro, poderia ter feito mais de um gol. No segundo, quando perdia por 2 a 1, foi todo para frente, e a Holanda teve mais chances de fazer o terceiro, que o Brasil de empatar.

O Brasil, que fez, durante os quatro anos sob o comando de Dunga, um grande numero de gols em jogadas aéreas, levou dois gols nesse tipo de lance.

O Brasil, que procurou, durante quatro anos, um lateral-esquerdo, levou dois gols em jogadas que se iniciaram por esse setor.

O Brasil, que sempre teve um armador pela direita para ajudar Maicon (Elano ou Daniel Alves), nunca teve um armador, pela esquerda, para ajudar Michel Bastos. Desse lado, começaram as duas jogadas dos gols.

O Brasil, que tinha uma grande preocupação com as faltas violentas e as expulsões de Felipe Melo, teve o jogador expulso quando o time perdia e precisava reagir.

O atleta de cristo Felipe Melo, que deu um excelente passe para o gol do Brasil, escreveu em seu Twitter, na véspera da partida: "O melhor de Deus ainda esta por vir. Creiam". Deus não gosta de jogador violento.

Foi uma repetição da Copa de 2006, quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final para a França. Lembro que, na época, assisti à partida ao lado de Clóvis Rossi, perplexo com a atuação de Zidane. Dessa vez, não havia Zidane, mas tinha Sneijder e Robben. Não é só o Brasil que tem craques. Dunga disse, após o jogo, que trocou Luís Fabiano por Nilmar para aproveitar sua velocidade. No momento em que o Brasil perdia e tinha de pressionar e usar as jogadas aéreas, seria muito melhor um ótimo cabeceador que um velocista.

As virtudes do Brasil, bastante conhecidas antes da partida, como o excelente contra-ataque, as jogadas aéreas, a qualidade de seu goleiro (falhou no gol) e de seus defensores, não acabaram por causa de uma derrota. As deficiências do Brasil, como a falta de mais talento na lateral-esquerda e no meio-campo, e o despreparo emocional de Felipe Melo para disputar uma Copa, ficaram ainda mais evidentes.


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