sexta-feira, 29 de maio de 2009
Bandeirada vascaína
Bandeira do Vasco em quartel baiano causa afastamento de comandante
Uma provocação à torcida do Vitória, eliminado da Copa do Brasil anteontem pelo Vasco, teve conseqüências inesperadas. Um vascaíno (ou torcedor do Bahia) hasteou a bandeira do Vasco num dos mastros onde normalmente são hasteadas as bandeiras do estado baiano e do Brasil, no quartel da 17ª Companhia Independente da Polícia Militar (PMBA), localizada no bairro do Bonfim, cidade baixa. Uma sindicância foi instaurada para apurar o fato e o comandante da 17ª Cia acabou exonerado. O fato tornou-se público porque um leitor do jornal "A Tarde", que preferiu o anonimato, fotografou a bandeira vascaína no mastro e enviou a imagem para a redação. Indignado com o que interpretou um desrespeito ao Pavilhão Nacional, o leitor escreveu: "Este não foi o ato da nossa briosa Polícia Militar, foi de alguém que não tem amor ao seu Estado, à sua Nação e muito menos ao seu povo. Não quero que ninguém seja punido, só peço que quem fez isso peça desculpas ao povo baiano".
A brincadeira gerou uma nota oficial da PM em que o comando diz "repudiar o episódio", rechaçando e abominando "o desrespeito ao local sagrado de hasteamento do Pavilhão Nacional, sob quaisquer pretextos". Além disso, informa que "independentemente de prova técnico-pericial, necessária para a investigação, foi determinada a imediata apuração do fato, através da Corregedoria Geral da PM, para efeito de identificação de autoria e imputação de responsabilidades".
Quem pagou o pato pela ação, por ter sido realizada em local totalmente inadequado, foi o major Francisco César Cunha Bonfim, o comandante do quartel afastado do posto. Ao ser procurado pela imprensa, ele disse deduzir que quem mandou as fotos para o jornal tinha a intenção de prejudicá-lo. Caso a sindicância consiga identificar o autor da brincadeira que, para a Polícia Militar, é considerado "infração disciplinar gravíssima", por ofensa a um símbolo nacional, ele pode ser exonerado da função e detido.
Governador da Bahia comenta exoneração de major da PM
O governador Jaques Wagner comentou nesta sexta-feira, 22, em uma emissora de televisão, a exoneração do major da 17ª Companhia Independente (CIPM/Uruguai), Francisco César Cunha Bonfim, após uma bandeira do Clube de Regatas Vasco da Gama ser hasteada na unidade policial no lugar da bandeira da Bahia. Wagner questionou como o futebol mexe com as pessoas e consegue comprometer seu profissionalismo.
Em uma provocação aos torcedores do Vitória, que foi desclassificado pelo Vasco da Copa do Brasil na última quarta, 20, a bandeira ficou hasteada das 8h às 11hs desta quinta, 21, de acordo com leitor de A TARDE, que fotografou a fachada da companhia e denunciou o fato à equipe de reportagem.
Após ter sido comunicado do fato, o coronel Nilton Mascarenhas, comandante-geral da PM, anunciou a exoneração do major. A PM também enviou nota, dizendo que "repudia o episódio, rechaça e abomina o desrespeito ao local sagrado de hasteamento do pavilhão nacional, sob quaisquer pretextos".
O major inicialmente negou o fato, mas depois admitiu que militares hastearam a bandeira vascaína em um momento de "brincadeira, sem maldade".
Fonte: A Tarde Online
SOBRE A BANDEIRA VASCAÌNA
A bandeira vascaína é preta, com uma faixa diagonal branca partindo do canto superior esquerdo, a Cruz de Malta em vermelho no centro e seis estrelas dourardas, dispostas em duas fileiras horizontais de três estrelas cada, no canto superior direito. As seis estrelas representam as conquistas do Campeonato Invicto de Terra-e-Mar de 1945, dos dois Campeonatos Sul-Americanos em 1948 e 1998 e dos três Campeonatos Brasileiros em 1974, 1989 e 1997.
As estrelas douradas na bandeira
Em 1945, para eternizar as conquistas invictas dos campeonatos de remo e futebol do Rio de Janeiro, a bandeira do Vasco sofreria uma alteracao oficial, registrada no Artigo 7 do Estatuto do Clube:
Art. 7o. - O pavilhao do Clube e' preto, com uma faixa branca em diagonal partindo do canto superior do lado da tralha, a Cruz de Malta em vermelho no centro e, na parte superior, uma estrela dourada simbolizando a conquista dos Campeonatos Invictos de Mar e Terra no ano de 1945. As cores da bandeira e a Cruz de Malta serao reproduzidas nos uniformes, emblemas e insignias usadas pelo clube.
Paragrafo unico - Consideram-se aprovados os moldes do pavilhao, flamula e emblema anexos ao presente Estatuto.
O Vasco viria a conquistar de maneira invicta o campeonato de futebol do Rio de Janeiro em outras tres oportunidades - 1947, 1949 e 1992. Em cada uma dessas ocasioes, mais uma estrela dourada foi adicionada a bandeira (nao houve efeito retroativo a 1924, quando o Vasco tambem foi campeao invicto).
Porem, a estrela relativa a 1945 permaneceu a unica estrela oficial por muito tempo. As de 1947 e 1949 nao eram reconhecidas no Estatuto, inclusive aquele que resultou das reformas aprovadas em 18 de outubro de 1967. Nao obstante, no inicio da decada de 90, o uniforme passou a exibir tres estrelas acima da Cruz de Malta e, depois do campeonato invicto de 1992, a quarta estrela foi acrescentada, tanto `a bandeira quanto ao uniforme.
Quando o Vasco conquistou o seu terceiro titulo brasileiro, uma quinta estrela foi acrescentada. Surgiu entao a explicacao de que as estrelas passaram a simbolizar o seguinte:
Bandeira
Uma estrela pelos Campeonatos Invictos de Terra e Mar em 1945
Uma estrela pelo Campeonato Sul-Americano de 1948
Tres estrelas pelos Campeonatos Brasileiros de 1974, 1989 e 1997
A partir daí, a mania de adicionar estrelas nao parou mais:
Sexta estrela: Copa Libertadores de 1998
Setima estrela: Copa Mercosul de 2000
Oitava estrela: Campeonato Brasileiro de 2000
Tudo isso indica, provavelmente, que o Artigo 7 do Estatuto foi novamente reformado para que as estrelas adicionais fossem oficialmente adotadas.
Lunático
6858km de futebol
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