Contou-me o Dienstmann que certa vez, em 1953, o Cruzeiro de Porto Alegre, que hoje amarga a segunda divisão gaúcha, fez uma excursão à Europa, Ásia e Oriente Médio. A primeira de um clube fora do eixo Rio-São Paulo a viajar para tão longe.
Entre os resultados conquistados em campo, o melhor foi um excepcional empate por 0 a 0 contra o timaço do Real Madrid, graças, principalmente, à truculência do zagueiro Valtão, que segurou o infernal ataque merengue. Durante todo o jogo, ele não deu folga especialmente ao argentino Di Stefano, astro do Real e um dos melhores jogadores do mundo em todos os tempos.
A certa altura do jogo, cansado de apanhar, Di Stefano teria resolvido protestar, falando diretamente com Valtão:
- Mira - teria dito Di Stefano. - Yo soy Di Stefano, del Real Madrid...
- Grande coisa - teria retrucado o jogador do Cruzeiro. - E eu sou o Valtão, de Canoas.
A seguir, continuou dando suas cacetadas no cracaço.
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"O Galo foi jogar no interior de Minas. Quando os times estavam prontos para o início, o zagueiro adversário, um crioulo de quase 2 metros de altura e mais largo do que alto, atravessa o campo e dá um abraço no Nelinho, dizendo:
- Nelinho, sou seu fã. Sou cruzeirense. Você joga nesse time aí, mas eu quero ver você fazer um gol de falta para mim.
Começa o jogo e na primeira bola que o Rei recebe vem o zagueiro e ‘pimba’, acerta em cheio o centroavante. Olha para o lado e diz:
- Aí, Nelinho, daqui tá bom para você?
Nelinho ajeita a bola, parte e joga longe. Na arquibancada. O zagueirão olha desconsolado e diz:
- Não se preocupe, que vai ter mais chances.
Reinaldo olha para o banco, chama o técnico e, despistadamente, pede pra sair. Aquele jogo não era para ele..."
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