Jorge Valdano, campeão mundial pela Argentina em 1986, ex-treinador e ex-dirigente, comentarista esportivo, pensador do futebol, deu uma bela entrevista à ESPN Brasil, no programa Bola da Vez.
Valdano escreve muito bem e se expressa ainda melhor. Disse que é autodidata, já que estudou somente até o primeiro ano da faculdade de Direito.
Além de sua experiência no futebol, Valdano afirmou que aprendeu muito com os livros e com seus mestres. Teve o hábito e a sabedoria de escutar, de olhar para fora. Muitos só olham para dentro. Não escutam. Só falam. E ainda posam de humildes.
Valdano disse que o gol de Maradona na Copa de 1986, considerado o mais belo de todos os mundiais, foi um mal-entendido. Após a partida, Maradona contou a ele que tentou passar a bola várias vezes para um companheiro e sempre surgia um inglês à sua frente. Tinha de dribá-los, um a um, até driblar o goleiro e fazer o gol.
Os grandes momentos, capazes de mudar o resultado de um jogo ou a história, acontecem sem planejamento. O acaso é isso. Não é sorte, mistério nem milagre. É um mal-entendido. O futebol é um jogo de estratégias, de técnica e de mal-entendidos.
Os grandes talentos, em todas as atividades, são os que, diante de uma situação não anunciada, transgridem e reinventam um novo caminho. Depois do fato, há sempre boas explicações.
Valdano disse que Maradona era um líder, um pensador em campo, e que isso vai ajudá-lo como treinador. Essa declaração vai contra os preconceituosos que não enxergam em Maradona capacidade intelectual, emocional e técnica para o cargo.
Perguntado se acredita que Maradona possa levar a Argentina à conquista do próximo Mundial, Valdano disse que acredita em Messi. Ele não quis diminuir a importância de Maradona ou de qualquer técnico, e sim dizer que o craque é muito mais importante. Valdano completou que o Brasil tem mais títulos que a Argentina em mundiais porque teve mais craques.
Valdano falou que depois de Maradona, Romário, seguido um pouco abaixo por Zidane, foram os dois maiores jogadores que viu atuar. Eu colocaria Zidane um pouco à frente de Romário. Não sei se foram os melhores, mas foram também os que mais me encantaram. Se Ronaldinho tivesse jogado por muito mais tempo o que jogou por dois anos no Barcelona, estaria no nível de Zidane.
Valdano apontou a Espanha como favorita para a próxima Copa. Acho que ainda é cedo, mas é hoje a Seleção que joga o melhor futebol. O estilo de toque de bola e de usar a velocidade no momento certo lembra as grandes equipes do passado, como Santos e Botafogo, na década de 1960.
O estilo da Espanha não é moderno nem antigo. É o estilo de quem sabe jogar um bom e belo futebol.
Os que amam o futebol, os atuais e futuros jornalistas esportivos, deveriam ver toda essa entrevista e refletir sobre as opiniões de Valdano, sobre o que é jogar um bom futebol, sobre a violência nos gramados, sobre a falta de limites de atletas e técnicos, sobre a importância da independência dos jornalistas e sobre muitas outras coisas.
Valdano escreve muito bem e se expressa ainda melhor. Disse que é autodidata, já que estudou somente até o primeiro ano da faculdade de Direito.
Além de sua experiência no futebol, Valdano afirmou que aprendeu muito com os livros e com seus mestres. Teve o hábito e a sabedoria de escutar, de olhar para fora. Muitos só olham para dentro. Não escutam. Só falam. E ainda posam de humildes.
Valdano disse que o gol de Maradona na Copa de 1986, considerado o mais belo de todos os mundiais, foi um mal-entendido. Após a partida, Maradona contou a ele que tentou passar a bola várias vezes para um companheiro e sempre surgia um inglês à sua frente. Tinha de dribá-los, um a um, até driblar o goleiro e fazer o gol.
Os grandes momentos, capazes de mudar o resultado de um jogo ou a história, acontecem sem planejamento. O acaso é isso. Não é sorte, mistério nem milagre. É um mal-entendido. O futebol é um jogo de estratégias, de técnica e de mal-entendidos.
Os grandes talentos, em todas as atividades, são os que, diante de uma situação não anunciada, transgridem e reinventam um novo caminho. Depois do fato, há sempre boas explicações.
Valdano disse que Maradona era um líder, um pensador em campo, e que isso vai ajudá-lo como treinador. Essa declaração vai contra os preconceituosos que não enxergam em Maradona capacidade intelectual, emocional e técnica para o cargo.
Perguntado se acredita que Maradona possa levar a Argentina à conquista do próximo Mundial, Valdano disse que acredita em Messi. Ele não quis diminuir a importância de Maradona ou de qualquer técnico, e sim dizer que o craque é muito mais importante. Valdano completou que o Brasil tem mais títulos que a Argentina em mundiais porque teve mais craques.
Valdano falou que depois de Maradona, Romário, seguido um pouco abaixo por Zidane, foram os dois maiores jogadores que viu atuar. Eu colocaria Zidane um pouco à frente de Romário. Não sei se foram os melhores, mas foram também os que mais me encantaram. Se Ronaldinho tivesse jogado por muito mais tempo o que jogou por dois anos no Barcelona, estaria no nível de Zidane.
Valdano apontou a Espanha como favorita para a próxima Copa. Acho que ainda é cedo, mas é hoje a Seleção que joga o melhor futebol. O estilo de toque de bola e de usar a velocidade no momento certo lembra as grandes equipes do passado, como Santos e Botafogo, na década de 1960.
O estilo da Espanha não é moderno nem antigo. É o estilo de quem sabe jogar um bom e belo futebol.
Os que amam o futebol, os atuais e futuros jornalistas esportivos, deveriam ver toda essa entrevista e refletir sobre as opiniões de Valdano, sobre o que é jogar um bom futebol, sobre a violência nos gramados, sobre a falta de limites de atletas e técnicos, sobre a importância da independência dos jornalistas e sobre muitas outras coisas.
6858km de futebol
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